João Guimarães Rosa

 

 

Nome:
João Guimarães Rosa

Nascimento:
27/06/1908

Natural:
Cordisburgo - MG

Morte:
19/11/1967

 

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, em Minas Gerais, em 27 de junho de 1908. Era o mais velho dos seis filhos do comerciante Florduardo Pinto Rosa e de Francisca Guimarães Rosa. Autodidata, começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês, quando nem completara 7 anos. Tendo ido morar com os avós em Belo Horizonte, terminou ali o curso primário iniciado em Cordisburgo. Depois de breve tempo num internato em São João Del Rei, retornou à capital mineira, onde concluiu o curso secundário. Em 1925 matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, formando-se em 1930. 

Em 27 de junho desse mesmo ano, ao completar 22 anos, casou-se com Lígia Cabral Penna, de apenas 16, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. O casamento duraria poucos anos. Passou a exercer a profissão de médico, clinicando em Itaguara, então município de Itaúna (MG), onde permaneceu por aproximadamente dois anos. Foi no dia-a-dia dessa localidade que teve um primeiro encontro com os elementos e a realidade do sertão, que passaram a servir de referência e inspiração para sua obra.


Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, 
Guimarães Rosa serviu como médico voluntário da Força Pública. Mais tarde foi aprovado no concurso para o quadro da Força Pública. Em 1933 foi transferido para a cidade de Barbacena, na qualidade de oficial médico do 9º Batalhão de Infantaria.
Decidiu ingressar na carreira diplomática e foi aprovado em 1934 em concurso para o Itamaraty. Entre as funções que exerceu no exterior, destacam-se as de cônsul em Hamburgo, na Alemanha (1938/1942) – onde conheceu Aracy Moebius de Carvalho (Ara), sua segunda mulher –, secretário de embaixada em Bogotá, na Colômbia (1942/1944), e primeiro-secretário e conselheiro de embaixada em Paris (1948/1951). De volta ao Brasil, em 1951, assumiu outros cargos no Itamaraty, sendo promovido em 1958 a ministro de primeira classe, cargo correspondente a embaixador.
Ao lado de sua atividade profissional, como médico ou como diplomata, Guimarães Rosa
nunca deixou de escrever. Tinha também paixão por aprender outros idiomas. Seus conhecimentos nesse campo impressionavam pela amplitude: falava fluentemente alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e esperanto, além de um pouco de russo. Lia em sueco, holandês, latim e grego. Havia estudado também a gramática das seguintes línguas: húngaro, árabe, sânscrito, lituano, polonês, tupi, hebraico, japonês, tcheco, finlandês e dinamarquês.


A estréia literária de Guimarães Rosa
se deu em 1929, quando a revista O Cruzeiro publicou alguns contos seus, vencedores de um concurso literário da edição. Em 1936, a coletânea de versos Magma, obra que só viria a ser publicada postumamente, recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro livro, a coletânea de contos Sagarana, foi publicado em 1946. A obra chamou atenção pela linguagem inovadora, pela singular estrutura narrativa e pela riqueza de simbologia dos contos, que o escritor havia começado a escrever dez anos antes. As histórias se passam em fazendas mineiras, tendo como personagens vaqueiros e criadores de gado.

 

Fonte: Site - Guia do Estudante